Ultrapassar as divergências entre Londres e Bruxelas será “bastante difícil”: as palavras são da própria presidente da Comissão Europeia, depois de um telefonema com Boris Johnson para fazer o ponto da situação sobre as negociações.
Ursula Von der Leyen saudou “importantes progressos sobre vários temas”, mas sublinhou que “persistem grandes divergências, em particular no que diz respeito à pesca”.
As negociações continuam esta sexta-feira mas, em comunicado, o primeiro-ministro britânico afirmou que é “bastante provável” que falhem “sem uma mudança significativa da posição da União Europeia”.
O ministro de Estado Michael Gove também se mostra pessimista, afirmando que “infelizmente a hipótese mais provável é que não se obtenha um acordo”, considerando que há “menos de 50 por cento” de hipóteses.
O Parlamento Europeu já advertiu que só poderá ratificar um acordo a tempo se for obtido até à meia-noite de domingo.
Enquanto se esgota o prazo a grande velocidade, dos dois lados da Mancha avançam os preparativos, cada vez mais resignados à pior probabilidade.
Poucos partilham o otimismo do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, que dizia ontem numa entrevista acreditar na possibilidade de um acordo “nas próximas horas”.